Web 2.0 - Parte 2
Uma explosão da audiência vem acontecendo recentemente em sites que formam e catalisam comunidades, tais como, MySpace, dentre outros. Na verdade, estas redes de pessoas sempre existiram desde os primórdios da internet (BBS, chat, fóruns etc.). O que aconteceu foi uma aceleração recente do número de usuários destas comunidades devido a maior riqueza de conceito e sofisticação tecnológica dos sites aplicativos, somados a um aumento da base instalada de banda larga.
Software e dispositivo
Outra característica da Web 2.0 que merece menção é o fato de que ela não se limita mais à plataforma PC. Ao deixar a Microsoft, o desenvolvedor de longa data Dave Stutz deixou o conselho que “Software útil que for escrito acima do nível do dispositivo único proporcionará altas margens por um bom tempo.” Naturalmente, qualquer aplicativo web pode ser visto como software com mais de um dispositivo. Afinal de contas, até o aplicativo mais simples envolve pelo menos dois computadores: o que hospeda o servidor web e o que hospeda o navegador. O desenvolvimento da web como plataforma estende essa idéia a aplicativos sintéticos compostos de serviços fornecidos por múltiplos computadores, Entretanto, do mesmo modo como acontece com muitas áreas Web 2.0 onde o “2.0” não é novidade e sim uma realização mais plena do verdadeiro potencial da plataforma web. Até hoje, o iTunes é o melhor exemplo desse princípio. Ele vai diretamente do dispositivo portátil até uma maciça infraestrutura web, com o PC atuando como uma estação de controle local.
Blogs e RSS
Um dos aspectos mais intensamente comentados da era Web 2.0 é o crescimento dos blogs. Páginas pessoais sempre existiram desde os primórdios da rede, e o diário pessoal e a coluna de opinião diária existem desde antes disso, portanto por que tanto alvoroço? Em seu aspecto mais básico, um blog é apenas uma página pessoal em formato de diário. Mas, como Rich Skrenta assinala, a organização cronológica de um blog “parece uma diferença trivial, mas puxa uma cadeia completamente diferente de distribuição, de publicidade e de valor”. Um dos fatores que fez diferença foi a tecnologia chamada RSS. O RSS é o avanço mais significativo na arquitetura básica da rede desde que os primeiros hackers perceberam que a CGI7 podia ser usada para criar sites baseados em base de dados. Permite que alguém não apenas acesse uma página mas faça uma assinatura sendo notificado cada vez que haja mudanças na página Skrenta chama a isso de “rede incrementável”. Outros a chamam de “rede viva”. Agora, é claro, “sites dinâmicos” (isto é, sites baseados em base de dados com conteúdo dinamicamente gerado) substituíram as páginas estáticas há mais de dez anos. O que é dinâmico em termos da rede viva não são apenas as páginas mas os links.. Um link RSS é, portanto, muito mais forte do que, por exemplo, um favorito ou um link para uma única página. O RSS também significa que o navegador de rede não é o único meio de se ver uma página. Enquanto alguns agregadores RSS, como o Bloglines são baseados na rede, outros são clientes desktop e ainda outros permitem que usuários de dispositivos portáteis assinem o conteúdo constantemente atualizado.
Fontes: www.montanaagriculture.com.br/www.slideshare.net//www1.folha.uol.com.br